Médicos estrangeiros e militares das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) garantem desde ontem o atendimento de doentes em alguns departamentos do Hospital Central de Nampula (HCN), como consequência da terceira paralisação laboral anunciada pelo Conselho de Direcção da Associação Médica de Moçambique (AMM), cuja duração é de 21 dias prorrogáveis.
Assim, numa ronda realizada a alguns sectores da maior unidade sanitária da região norte do país, como os serviços de urgências, enfermarias, reanimação de adultos e pediatria, a nossa Reportagem apurou que o atendimento era suportado por médicos estrangeiros e militares das FADM, pelo menos até ao meio-dia de ontem.
Os utentes, entre doentes e acompanhantes, descreveram o ambiente como sendo de total aflição, pois os médicos nacionais destacados para o HCN não se fizeram aos seus postos de trabalho. Nos serviços de urgências e reanimação de adultos, abordámos Ângelo Paulo, acompanhante, que lamentou a situação.
Entrentanto contou, havia horas que aguardava a chegada do médico que devia dar seguimento ao tratamento do seu pai, que se encontra hospitalizado, ao que associou a ausência à greve anunciada pela Associação Médica de Moçambique. Anatércia de Sousa, também acompanhante, pediu intervenção urgente do Governo para encontrar uma solução definitiva para as preocupações dos médicos.
Tanto os Serviços Provinciais de Saúde quanto a Associação Médica de Moçambique permaneciam no silêncio até ao fecho da presente edição.
