O ministro falava em Pretória, capital da África do Sul, após um encontro com o ministro da Eletricidade sul-africano, Kgosientsho Ramokgopa, que tenta encontrar fontes de energia para colmatar o défice de que o país sofre, obrigando-o a apagões regulares.
O governante moçambicano assegurou que estão também em andamento outras soluções a médio e longo prazos, que incluem a operacionalização de alguns projectos entre Maputo e Ressano Garcia, além da entrada em funcionamento da Central Térmica de Temane e do projeto Mphanda Nkuwa.
“Estamos extremamente gratos ao povo de Moçambique, é a confirmação da nossa relação saudável e que queremos continuar a fazê-la crescer”, disse o ministro da Eletricidade da África do Sul.
A África do Sul já é o principal comprador da capacidade instalada na Hidroelétrica de Cahora Bassa, no centro de Moçambique, maior albufeira produtora de energia na África Austral, num contrato de compra de energia que vai até 2029.
A Central Térmica de Temane, a maior central elétrica do pós-independência, com uma capacidade de 450MW, está entre os vários projetos energéticos em curso em Moçambique, devendo entrar em funcionamento a partir de janeiro de 2025, com recurso às reservas de gás natural de Pande e Temane.
Afigura-se ainda como solução para a África do Sul, a energia a ser produzida pelo projeto hidroelétrico de Mphanda Nkuwa – ainda no papel -, que numa primeira fase terá uma capacidade instalada de até 1500 MW, com potencial para mais 900 MW de expansão numa segunda fase.