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Redução da produção de petróleo bruto pela OPEC pode agravar preço de combustíveis

A produção de petróleo bruto no mundo vai reduzir em 1,2 milhões de barris por dia a partir de Maio. A situação poderá obrigar a novos agravamentos de preços de combustíveis no país nos próximos meses.

Os países exportadores de petróleo anunciaram uma redução dos níveis de produção do petróleo bruto, de cerca de 1,2 milhões de barris, o correspondente a 190 milhões de litros. A medida da Opep+ já se fez sentir nos mercados internacionais, provocando um incremento de 8% sobre os preços do petróleo BRENT.

Segundo escreve a imprensa internacional, a medida, que já está a provocar agravamento do preço de combustíveis no mundo, é destinada a apoiar a estabilidade do mercado petrolífero. Da lista dos países produtores que adoptaram os cortes constam a Arábia Saudita, que anunciou que irá realizar um corte voluntário de 500 mil barris por dia, de Maio até o final de 2023.

Esta acção irá acontecer em coordenação com os países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e não membros da organização (Opep+) que participam da declaração de cooperação.

“As reduções serão feitas no Iraque (211 mil bpd), Emirados Árabes Unidos (144 mil bpd), Kuwait (128 mil bpd), Cazaquistão (78 mil bpd), Argélia (48 mil bpd), Omã (40 mil bpd) e Gabão (8 mil bpd). Além disso, a Rússia, que integra a Opep+, estenderá o actual corte de 500 mil bpd em sua produção até o fim de 2023, trazendo a redução total na oferta a 1,66 milhão de bpd”, detalhou a Opep.

Com isso, o contrato futuro do petróleo Brent com vencimento em Junho fechou com alta nesta segunda-feira, de 6,31%, a US $84,93 o barril, após chegar a subir mais de 8% no início da sessão”, lê-se na página internacional de economia – Infomoney.

A Associação Moçambicana de Empresas Petrolíferas (AMEPETROL) acompanhou o anúncio e mostrou-se preocupado, pois entende que, por Moçambique não ser uma Ilha, poderá ser afectado de alguma forma.

“Este anúncio já se fez sentir nos mercados internacionais, provocando um incremento imediato de 8% sobre os preços do petróleo BRENT e com perspectivas de uma escalada ascendente nas próximas semanas. Chamamos especial atenção aos nossos clientes e público em geral que os próximos meses serão mais desafiantes, no que tange ao preço de combustíveis no mercado interno”, apelou o secretário-geral da AMEPETROL, Ricardo Cumbe.

De acordo com a fonte, que falava à nossa reportagem, o país poderá ser afectado em função das encomendas que forem feitas no âmbito dos novos tarifários praticados, o que, pelos cálculos, pode ser dentro de três a quatro meses.