“Quanto a nós, não restam dúvidas de que o Presidente da República deve ser responsabilizado por omissão, por não ter tomado em tempo útil a decisão de recorrer à ajuda internacional”, afirmou, no parlamento, Elias Dhlakama, deputado da RENAMO.
Segunda a DW, o deputado acusou o chefe de Estado de ter optado por “arrastar com a barriga” a decisão sobre o recurso ao auxílio internacional, tomando-a só quando a situação saiu do controlo das forças governamentais.
“O Governo permitiu que parte do território de Moçambique ficasse fora das mãos do Estado” e esta situação revelou “o cúmulo da incompetência”, disse Elias Dhlakama, apelando a uma investigação para apuramento de responsabilidades na forma como o combate ao terrorismo tem sido conduzido.
Também a bancada parlamentar do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro maior partido, acusou o Governo de incapacidade no combate ao terrorismo.
“O povo de Cabo Delgado está exausto, não tolera mais o sofrimento” provocado por “um quadro de desconcerto e caos ao nível da política de defesa”, afirmou o deputado do MDM Silvério Ronguane.
Ronguane lamentou que, apesar de a segurança ter sido restaurada nas zonas com presença de forças estrangeiras, a violência tenha avançado para áreas que antes tinham sido poupadas.