Destaque PAM pode interromper ajuda humanitária por falta de fundos

PAM pode interromper ajuda humanitária por falta de fundos

A escassez de financiamento pode obrigar o Programa Alimentar Mundial (PAM) a interromper em fevereiro a assistência básica a cerca de um milhão de pessoas afetadas pela violência armada em Cabo Delgado, alertou a agência.
“A situação de financiamento do PAM é preocupante há algum tempo e agora estamos a ficar sem opções e todas essas atividades estão em risco”, disse Antonella D’Aprile, representante do PAM em Moçambique, numa nota enviada hoje à Lusa.

De acordo com a representante do PAM em Moçambique, a agência precisa de 51 milhões de dólares (cerca de 49,5 milhões de euros) para continuar a prestar a assistência às populações afetadas pelo conflito.

“O número de pessoas deslocadas quadruplicou para quase um milhão de pessoas nos últimos dois anos”, declarou Antonella D’Aprile, alertando que sem apoios adicionais a agência pode interromper a assistência em fevereiro, “pico” da “temporada de fome” no país.

“Cabo Delgado é a província com maior insegurança alimentar em Moçambique e a situação continua a deteriorar-se”, frisou a responsável.

Segundo a fonte, a violência armada em Cabo Delgado intensificou-se nos últimos meses, com ataques a distritos próximos da capital provincial (Pemba) e na vizinha província de Nampula, obrigando mais pessoas a fugirem das suas aldeias.

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“Além dos desafios para financiar as suas operações de assistência alimentar, o PAM enfrenta deficiências de financiamento para o Serviço Aéreo Humanitário das Nações Unidas (UNHAS), que administra em nome de toda a comunidade humanitária”, acrescentou Antonella D’Aprile.