Mais de 120 pessoas morreram na sequência de uma invasão de campo e do pânico provocado pela violenta reação policial com gás lacrimogéneo. O jogo opunha o Arema FC e o Persebaya Surabaya.
A derrota, por 2-3, da equipa da casa motivou a revolta dos adeptos, que invadiram o terreno de jogo.
As forças policiais presentes no estádio responderam com gás lacrimogéneo e o pânico gerado precipitou a tragédia.
A imprensa local chegou a avançar um balanço de mais de 170 mortos, mas pouco depois as autoridades reviram em baixa os números e confirmaram a morte de 129 pessoas, incluindo crianças. Cerca de 180 ficaram feridas, acrescentou a polícia, citada pelo “The Jakarta Post”.
O presidente da Indonésia reagiu ao ocorrido, com uma mensagem de condolências e com ordens ao executivo.
Joko Widodo disse ter ordenado ao “ministro da Saúde e ao Governador de Java Leste para supervisionarem a assistência médica às vítimas em tratamento nos hospitais”.
O chefe de Estado pediu também ao “ministro da Juventude e Desporto, Zainudin Amali, ao secretário-geral Mochamad Iriawan (da Associação de Futebol da Indonésia) e ao chefe da Polícia Nacional Listyo Sigit Prabowo para avaliarem criteriosamente o jogo de futebol e os procedimentos de segurança na organização da partida”.
Em particular, o Presidente Widodo ordenou ao chefe da Polícia Nacional a abertura de uma investigação e que avaliasse minuciosamente a tragédia de Kanjuruhan.l.
A federação indonésia suspendeu de imediato todos os jogos da primeira liga por tempo indefinido. A Federação Portuguesa de Futebol decretou “um minuto de silêncio em todos os jogos organizados pela FPF” e o presidente da FIFA deu voz ao “choque no mundo do futebol”.