Pelo menos seis pessoas morreram, desde sábado, numa nova vaga de ataques armados no Norte do país, anunciou, quarta-feira, o Presidente da República, Filipe Nyusi.
“Seis cidadãos foram decapitados, três sequestrados e dezenas de casas incendiadas”, revelou Nyusi, na cidade de Xai-Xai, durante o discurso alusivo ao Dia da Vitória.
Filipe Nyusi confirmou relatos de populares e autoridades locais sobre ataques de rebeldes nos distritos de Ancuabe e Chiúre, em Cabo Delgado, e em algumas regiões da província de Nampula.
Segundo Filipe Nyusi, a nova vaga de violência surgiu depois de as Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas terem tomado uma base da rebelião no distrito de Ancuabe, para onde os guerrilheiros extremistas “tinham se refugiado, depois de escorraçados de vilas e aldeias, que agora estão nas mãos de forças governamentais”.
Nyusi informou que depois da referida base ter sido tomada pelas Forças do Governo, “os rebeldes ter-se-ão dispersado em grupos pequenos, formados por cinco e 15 elementos”, para uma região a Sul dos rios Montepuez e Lúrio, onde “tentam recrutar” novos membros.
“Estão nervosos por estarem a ser seguidos, daí que deixam um rasto de destruição e mortes onde passam”, lamentou o líder moçambicano.
O Chefe de Estado destacou ainda a detenção de um recrutador em Mogincual, distrito costeiro de Nampula, que tinha sob controlo um grupo de 16 jovens “prontos para integrar fileiras da insurgência”.
Em algumas regiões do Norte de Nampula são palcos de grande ofensiva das Forças do Governo devido à presença de grupos armados.
Entretanto, uma fonte da Congregação das Irmãs Combonianas, em Itália, revelou, ontem, que uma freira italiana foi morta durante um ataque à Missão Católica em Chipende, no extremo Norte da área que faz parte da Diocese de Nacala, uma zona próxima do rio Lúrio, situada na fronteira entre Cabo Delgado e Nampula.