Destaque Tchizé dos Santos distancia-se da carta dos irmãos

Tchizé dos Santos distancia-se da carta dos irmãos

Tchizé dos Santos demarcou-se esta terça-feira do conteúdo de uma carta subscrita pelos filhos mais velhos do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos, salientando que vai lutar “até ao fim” pela honra do pai e que é contra amnistias.

“Eu não assinei esta carta, não tive conhecimento e não assinei. Concordo que o meu pai não deve ser enterrado agora porque não faz sentido. Concordo que o corpo do meu pai seja enterrado em Angola quando houver condições e quando as pessoas que o perseguiram até à morte já não sejam Governo”, sublinhou, referindo-se ao Presidente João Lourenço.

“O que quero que fique bem claro é que eu lutei pela honra e dignidade o meu pai até as últimas consequências e que uma dessas lutas inclui não aceitar nem pedir amnistia alguma, porque o meu pai não roubou ninguém e eu não tenho de servir de bode expiatório para os roubos de outras pessoas do MPLA, incluindo João Lourenço, Ana Dias Lourenço e a sua máquina e os seus amigos, que agora querem dar a entender que vão fazer uma amnistia porque a família dos Santos pediu”, vincou.

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Tchizé dos Santos disse que manteve conversas com alguns dos irmãos, mas apenas sobre o funeral e que nunca iria negociar com um Governo que acusa de perseguição.

“Eu sou uma pessoa para quem a honra está acima de qualquer dinheiro e eu estou preocupada com o enterro do meu pai, agora não vão aproveitar a morte do meu pai para ilibar uma série de pessoas que cometeram uma série de crimes, inclusive João Lourenço, porque elas têm de pagar. As pessoas que não cometeram crimes não precisam de amnistia, vão e provam que não roubaram”, sublinhou.

“Se essa lei da amnistia é por causa dos filhos de José Eduardo dos Santos, eu oponho-me totalmente a que seja proposta sequer, porque eu não faço parte do grupo de pessoas que acham que isto faz algum sentido”, reforçou.