As autoridades moçambicanas interditam a importação de animais, produtos e sub-produtos de origem animal oriundos do Zimbabwe devido ao ressurgimento de casos da febre aftosa no país vizinho, escreve a Agência de Informação de Moçambique (AIM).
A medida surge depois de Autoridade Tributária do Zimbabwe ter notificado, há dias, a eclosão da febre aftosa na província de Mashonaland Central, distrito de Mbire, que faz fronteira com Moçambique.
Moçambique também proibiu a importação de forragens de bovino, caprino, suíno, ovino e biungulados selvagens.
As medidas decretadas incluem também a fiscalização do movimento dos animais e produtos visados ao longo das principais fronteiras e outros pontos de entrada rodoviária no país.
Nos distritos fronteiriços com o Zimbabwe será obrigatória a realização da inspecção visual, exame da cavidade bucal e dos cascos de todos os bovinos, caprinos, ovinos e suínos com periodicidade mensal.
No entanto, a medida não abrange produtos lácteos pasteurizados, como é o caso do leite, queijos, iogurtes, natos, carnes processadas (enlatados e enchidos), troféus e substâncias farmacêuticas.
A febre aftosa é classificada como uma das doenças transfronteiriças mais importantes no mundo devido à sua rápida transmissão e propagação, com impactos económicos e sociais negativos devido a medidas que impedem o seu acesso ao mercado.