Destaque Transportadores paralisam actividades na Beira

Transportadores paralisam actividades na Beira

Os transportadores semi-colectivos de passageiros, que operam na cidade da Beira, paralisaram as suas actividades, ontem, exigindo uma revisão das tarifas dos transportes face ao aumento dos preços dos combustíveis.

Segundo o O País, esta paralisação provocou um caos na urbe, tendo em conta que os “chapas” são o principal meio de transporte usado pelos munícipes para as movimentações urbanas, nos 26 bairros do Chiveve. Por conta da paralisação dos “chapas”, as paragens estiveram abarrotadas de passageiros, desde às cinco horas, e a solução encontrada por milhares de munícipes foi percorrer a pé as vias que, habitualmente, o fazem nos transportes já parqueados pelos seus proprietários, uma vez que os autocarros dos Transportes Municipais da Beira, cuja frota é de apenas 25 autocarros, contra 80 necessários, não estão a dar vazão ao nível de procura de transporte.   

Os passageiros ouvidos pelo O País, lamentaram a situação. Alguns deram razão aos transportadores e outros criticaram a paralisação dos “chapas”.

“Não sou transportador, mas está claro que eles estão a ficar prejudicados a cada dia que passa, porque os preços dos combustíveis não param de subir e a aquisição de um ‘mini-bus’ e a sua manutenção são outros custos, uma vez que os preços já subiram em todas as cidades menos aqui na Beira? Corremos risco de não ter nenhum ‘chapa’ nas ruas por incapacidade de reabastecimento dos combustíveis ou de manutenção”, alertou Olga Caetano, utente dos transportes semi-colectivos.

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Tiago Castigo, um outro passageiro, criticou a Associação dos Transportadores da Beira. “O radicalismo dos mesmos está a prejudicar-nos. Julgo que eles deviam ter a paciência de esperar por uma sessão da Assembleia Municipal que vai debater as propostas das novas tarifas. Paralisaram os carros e agora nós, os utentes – a razão da existência dos mesmos – somos os mais prejudicados.”

Os motoristas e cobradores estavam aglomerados nos principais terminais e garantiram que, enquanto as novas tarifas não forem aprovadas, a actividade não será retomada.

“Basta o Município da Beira indicar com clareza que as propostas das novas tarifas podem entrar em vigor, nós, automaticamente, entraremos nas nossas rotas”, garantiu Eugénio Fonseca, um dos transportadores.