Internacional Africa Mulheres sofreram violação e espancamento de rebeldes na Etiópia

Mulheres sofreram violação e espancamento de rebeldes na Etiópia

A Amnistia Internacional denunciou que várias mulheres foram violadas e espancadas por rebeldes de Tigray, por vezes à frente dos filhos. Mas há relatos de violação dos direitos humanos também na capital etíope.

De acordo com o relatório divulgado pela Amnistia Internacional, várias mulheres foram violadas, roubadas e espancadas pelos rebeldes de Tigray durante um ataque a uma cidade da região de Amhara, em agosto.

A denúncia baseia-se em testemunhos que a organização de defesa dos direitos humanos reuniu. A Amnistia Internacional avançou que boa parte das vítimas sofre agora de problemas de saúde por causa da violência sofrida.

Também há relatos de violações dos direitos humanos em Adis Abeba. A Organização das Nações Unidas denunciou na terça-feira (09.11) que pelo menos 16 dos seus trabalhadores etíopes foram detidos na capital durante uma operação contra naturais da província de Tigray, no quadro do estado de emergência vigente no país.

O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, disse que a organização está a trabalhar com o Governo para libertar os funcionários, mas ainda aguarda explicações sobre as detenções. “Até ao momento, não nos foi dada qualquer explicação sobre o motivo da detenção destes funcionários. Restam 16 em detenção e seis foram libertados. Eles são de várias agências das Nações Unidas, são todos etíopes. É imperativo que sejam libertados”, frisou.

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Na semana passada, o Governo do primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed decretou o estado de emergência durante seis meses face ao risco crescente dos rebeldes da Frente Popular de Libertação de Tigray (TPFL) e do Exército de Libertação de Oromo (OLA) conquistarem a capital, Adis Abeba.

Grupos de defesa dos direitos humanos denunciaram as medidas de exceção previstas no estado de emergência e acusaram o Governo de multiplicar as detenções arbitrárias sob pretexto de pertença à etnia Tigray.