Oficialmente, a polícia continua a afirmar que houve seis mortos nos confrontos entre as forças de segurança e pessoas ligadas ao Movimento do Protetorado Português Lunda Tchokwe, a 30 de janeiro. Mas a Associação Juvenil para o Desenvolvimento Comunitário de Angola (AJUDECA) apresentou na terça-feira (10.08) um relatório em que fala em 100 mortes.
“Há necessidade cada vez mais de um trabalho mais profundo” para apurar o que passou em Cafunfo, afirma Manuel Pembele, membro da AJUDECA. “Este relatório é um impulso nesse sentido.”
“Nem vou dizer se acredito no número de mortes avançado no relatório porque, na verdade, os números podem ser superiores”, diz Vicente.
Vários deputados da oposição foram até à província da Lunda Norte para investigar os acontecimentos de 30 de janeiro, descritos como um “massacre”. Na altura, houve até quem lembrasse as mortes no monte Sumi, em 2015, após confrontos entre a polícia e membros da seita “A Luz do Mundo”, de José Julino Kalupeteka.