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SADC vai realizar uma intervenção militar em Cabo Delgado a partir de 15 de julho

SADC anuncia missão sob “cenário 6”, que caracteriza emprego de tropas militares “a partir de 15 de julho”. CDD vê falta de esclarecimento público por parte do Governo moçambicano sobre “intervenção militar”.

A partir da semana que vem começa a contar o prazo para uma intervenção militar da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) em Cabo Delgado. A informação foi divulgada pelo próprio Secretariado da SADC em comunicado endereçado ao secretário-geral da ONU, António Guterres.

O bloco de países da África Austral solicitou que Guterres partilhasse a informação sobre o prazo a contar a partir de 15 de julho com o Conselho de Segurança das Nações Unidas. A intervenção militar da SADC em Cabo Delgado deverá durar três meses com possibilidade de o prazo ser prorrogado.

Segundo o comunicado divulgado pela SADC na quinta-feira (08.07), a missão tem, entre outros objetivos, “apoiar a República de Moçambique no combate aos atos de terrorismo e à violência extremista, além de apoiar o país na restauração do Estado de Direito nas áreas afetadas da província de Cabo Delgado”.

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O comunicado da SADC refere a uma missão sob “cenário 6”, que caracteriza o emprego de tropas militares. O Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD) critica a falta de publicitação da iniciativa da SADC em âmbito interno, em Moçambique.

A ONG promotora da boa governação salienta que as informações sobre a “iminente intervenção militar continua a chegar aos moçambicanos através de fontes externas”.

Segundo comunicado divulgado pela conta do CDD no Twitter, a população de Cabo Delgado deverá ser “mais uma vez surpreendida com a presença de militares estrangeiros oriundos de vários países da região” tal como ocorreu “quando o Governo apostou na contratação de mercenários”.