O Presidente do Uganda, Yoweri Museveni ratificou na terça-feira (27.07) a pena de morte para pessoas que cometem sacrifícios humanos, rituais que em algumas zonas rurais do país são realizados clandestinamente.
De acordo com o jornal estatal New Vision, os parlamentares ugandeses saudaram a ratificação da lei, uma medida que tem sido apoiada pela maioria dos legisladores ugandeses desde que começaram a discuti-la, em abril último.
A partir de agora, os tribunais ugandeses poderão aplicar a pena de morte a qualquer pessoa que mutilar, ferir ou matar outra para fins rituais.
A nova legislação também propõe prisão perpétua para pessoas que financiam tais atos ou espalham a crença de que o sacrifício humano pode trazer boa sorte aos perpetradores.
O autor da legislação e antigo deputado do condado de Ayivu (noroeste do Uganda), Bernard Atiku, considerou que se trata de “um instrumento que ajudará a fazer justiça e dissuadirá outros de praticarem o sacrifício ritual”.
Segundo relatórios da Polícia do Uganda e de algumas ONG, os médicos feiticeiros tradicionais e os feiticeiros de várias zonas rurais aconselham as famílias mais empobrecidas a matar os seus próprios filhos para dar boa sorte no futuro.