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60 moçambicanos foram deportados da África do Sul sem prévio aviso a Migração

As autoridades sul-africanas deportaram, na segunda-feira (05.07), perto de 60 moçambicanos que estavam naquele país ilegalmente, sem avisar os Serviços de Migração de Moçambique, anunciou fonte oficial em Maputo.

Quando recebemos o grupo, a primeira coisa que fizemos foi manifestar o nosso desagrado junto das autoridades sul-africanas por violação dos entendimentos entre os dois países sobre a matéria”, declarou Celestino Matsinhe, porta-voz do Serviço de Migração de Moçambique, à margem de uma reunião entre as autoridades dos dois Estados em Maputo.

Os cidadãos moçambicanos, com idades entre 16 e 42 anos, foram deportados através da fronteira de Ressano Garcia, a principal entre Moçambique e África do Sul, e são oriundos das províncias do centro e sul do país.

De acordo com Celestino Matsinhe, este é o terceiro episódio em que as autoridades sul-africanas violam os entendimentos entre os dois Estados num caso em que se deportam moçambicanos encontrados em situação ilegal.

“Estes entendimentos são para ser observados”, frisou o porta-voz dos Serviços de Migração de Moçambique, acrescentando que a notificação prévia em casos similares permite que as autoridades organizem meios “condignos” para levar as pessoas às suas províncias de origem.

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Para fugir dos altos índices de pobreza em Moçambique, a população, principalmente a mais jovem das zonas rurais do sul do país, emigra ilegalmente para a África do Sul, à procura de melhores condições de vida no país vizinho, que é uma das economias mais avançadas do continente.