Internacional Africa Há venda e atribuição de passaportes diplomáticos guineenses em França

Há venda e atribuição de passaportes diplomáticos guineenses em França

Governo guineense qualificou como “grave” a alegada venda e atribuição de passaportes diplomáticos guineenses em França e salientou que está a acompanhar os esforços das autoridades francesas.

O Ministério Público informa que, através de um despacho, o procurador-geral da República instruiu a vara crime do Tribunal Regional de Bissau a abrir um processo-crime sobre as supostas atribuições e vendas de passaportes diplomáticos da Guiné-Bissau em França, segundo a comunicação social, por parte de cidadãos e diplomatas guineenses”, pode ler-se no comunicado assinado pelo procurador-geral da República guineense, Fernando Gomes, divulgado na noite desta segunda-feira (14.06).

O jornal francês “Liberation” noticiou a semana passada que vários cidadãos franceses e de outras nacionalidades conseguiram em Paris um “passaporte diplomático” guineense, que os identificava como conselheiros da Guiné-Bissau na Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

O jornal divulgou fotografias dos documentos atribuídos a várias pessoas que pagaram entre 50 mil e 200 mil euros para obterem o falso documento, sendo que o pagamento era feito como “um donativo” ao país e passaria através de uma organização não-governamental.

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O processo era facilitado por um empresário instalado perto dos Campos Elíseos, através de “um próximo de um filho de um antigo Presidente” guineense, que não foi identificado, que abriria as portas do MNE em Bissau.