A UEFA, federação de futebol da Europa, anunciou na 3ª feira (25) que abriu um processo disciplinar contra Real Madrid e Barcelona, da Espanha, e Juventus, da Itália. Os times foram os únicos que não desistiram do projeto de criar a Superliga Europeia, competição supranacional que reuniria 12 dos maiores clubes do futebol europeu, além de outras 5 equipes que seriam convidadas especiais.
O processo vai apurar possível violação ao marco jurídico da Uefa. O comitê de ética e disciplina da federação foi responsável pela investigação que embasou a ação.
Responsável pela organização da Champions League, torneio que mais sofreria baixas com a criação da nova competição, a entidade ameaçou impor sanções aos clubes que insistissem no projeto. Além dos 3 times investigados, integravam o projeto: Atlético de Madrid (Espanha), Internazionale e Milan (Itália), Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham (Inglaterra).
A ideia de criação da Superliga recebeu críticas de especialistas e torcedores das equipes envolvidas e das relegadas, que apontaram fatores como a elitização do esporte como um dos principais problemas, além da impossibilidade de rebaixamento dos clubes fundadores.
Financiado pelo banco norte-americano JPMorgan, o projeto de US$ 4,8 bilhões (R$ 26,7 bilhões) foi encerrado 48 horas depois do anúncio de sua criação. Caso tivesse saído do papel, a Superliga responderia por 65% do valor de mercado da atual edição da Champions League, principal campeonato disputado pelos clubes europeus e que conta com 32 participantes a partir da fase de grupos.
