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Junta militar do Chade assumiu o poder e já designou governo de transição

A junta que assumiu o poder no Chade após a morte do Presidente Idriss Déby Itno nomeou um governo de transição, anunciou à televisão estatal o porta-voz do exército, general Azem Bermandoa Agouna.

Mahamat Idriss Déby, filho do falecido Presidente, que assumiu a liderança de um Conselho militar de transição (CMT), designou por decreto 40 ministros e secretários de Estado. Foi ainda anunciado um novo ministério da Reconciliação Nacional e do Diálogo.

Na segunda-feira, Mahamat Idriss Déby nomeou Albert Pahimi Padacké para o cargo de primeiro-ministro de transição.

Pahimi Padacké, o último primeiro-ministro de Idriss Déby Itno antes da sua decisão em extinguir este posto em 2018, prometeu um “governo de reconciliação nacional” e iniciou “consultas alargadas” durante a semana para sugerir nomes ao presidente do CMT.

O novo cargo da Reconciliação Nacional e do Diálogo foi atribuído a Acheick Ibn Oumar, antigo chefe rebelde que em 2019 se tornou conselheiro diplomático da presidência.

Mahamat Ahmat Alhabo, do Partido para as liberdades e o desenvolvimento (PLD) e opositor histórico de Idriss Déby Itno, foi nomeado ministro da Justiça.

O CMT prometeu “eleições livres e democráticas” num prazo de 18 meses. Durante este período, a Carta de transição prevê a formação de um governo de transição, cujos membros serão nomeados e revogados pelo presidente do CMT.

Os principais partidos da oposição, e ainda sindicatos e sociedade civil, consideraram a chegada ao poder do filho de Idriss Déby Itno um “golpe de Estado institucional” e apelaram a uma “transição dirigida por civis”.