Curiosas Bolivia: Oferta de viagra a deputados pelo Dia do Pai gera polémica

Bolivia: Oferta de viagra a deputados pelo Dia do Pai gera polémica

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A invulgar oferta de caixas de Viagra aos deputados bolivianos por ocasião do Dia do Pai, que se assinalou na sexta-feira (19), gerou uma onda de críticas tanto da oposição como do partido no poder.

O presente, constituído por uma caixa de comprimidos para tratar a disfunção erétil, juntamente com uma gravata feita de espuma ou material Eva, foi distribuído na véspera da efeméride aos deputados, segundo informação confirmada à agência Efe pela deputada do partido da oposição Comunidade Cidadã, Samantha Nogales.

“Consideramos que não é apenas uma falta de respeito, mas uma piada de muito mau gosto e é um ato totalmente sexista. Condenamos qualquer ato nesse sentido”, disse Nogales.

A congressista disse que a origem do presente é desconhecida, embora este tipo de ação passe normalmente pela autorização da Câmara dos Representantes.

Nogales e a Senadora Andrea Barrientos, também da CC, divulgaram no Facebook e no Twitter fotografias das caixas de Viagra distribuídas para denunciar o facto.

“Em tempos em que deveríamos estar a falar de corresponsabilidade dos cuidados, equidade, estabilidade, gastam recursos públicos no Viagra. Uma vergonha”, escreveu Barrientos.

Pela sua parte, Nogales disse à Efe que a partir do congresso se deveria dar o exemplo, “quebrar paradigmas” e lançar mensagens que tenham mais a ver “com o exercício da paternidade” e não com “a virilidade dos homens a partir de comprimidos”

Em declarações à comunicação social, o congressista pró-governamental Héctor Arce chamou à entrega dos comprimidos “irresponsável”, classificando-a como uma “estupidez”, e apelou para a punição do responsável pela ideia que poderá ter sido um funcionário “ou provavelmente um membro da direção da Câmara dos Deputados”.

“Fiquei surpreendido, não conhecia esses comprimidos, nem sequer sabia, guardei-os, pensei que era alguma vitamina para a Covid-19 como em algum momento nos forneceram”, disse Arce, que insistiu que foi uma “falta de respeito”.