Em 2020, o número de ataques aumentou significativamente face ao ano anterior, e estima-se que mais de 10.000 combatentes continuem activos no Iraque e na Síria.
A ameaça do grupo Estado Islâmico está de novo a crescer nos principais redutos do grupo terrorista na Síria e no Iraque, alertou esta segunda-feira a comissão antiterrorismo da Organização das Nações Unidas (ONU).
O chefe deste serviço da ONU, Vladimir Voronkov, disse esta segunda-feira que, ao longo dos últimos meses, a ameaça da organização jihadista diminuiu em lugares como a Europa e cresceu noutros, como no Médio Oriente.
O núcleo do grupo Estado Islâmico no Médio Oriente continuou a “consolidar a sua posição” em algumas das áreas que já controlava e está a agir de forma mais aberta, com maior confiança, observou ainda o funcionário da ONU.
Em 2020, o número de ataques aumentou significativamente face ao ano anterior, e estima-se que mais de 10.000 combatentes continuem ativos no Iraque e na Síria, com vários desses elementos a moverem-se livremente entre os dois países, em pequenas células.
Voronkov realçou ainda que o movimento está a reforçar a presença em várias zonas de África e observou a ameaça representada pelo grupo na Líbia, um país em conflito, mesmo contando somente com algumas centenas de combatentes.
O chefe da comissão antiterrorismo da ONU afirmou também que o núcleo do grupo jihadista no Afeganistão, mesmo com perdas territoriais, pode lançar grandes ataques em várias áreas do país e frisou que o grupo deseja atrair combatentes insatisfeitos com a paz estabelecida entre o movimento talibã e os Estados Unidos, no início deste ano.