Sociedade Morgue do HCM reforça medidas de segurança para seus profissionais

Morgue do HCM reforça medidas de segurança para seus profissionais

A Morgue do Hospital Central de Maputo ainda não recebeu nenhum óbito vítima da COVID-19. Entretanto reforça medidas de biossegurança para melhor responder as eventuais solicitações causadas pelo novo coronavírus protegendo os profissionais de saúde e seus familiares.

O Serviço de anatomia patológica do Hospital Central de Maputo, a maior unidade sanitária do país onde se encontra a morgue recebeu esta sexta-feira da “Lin Limpezas” vários materiais de protecção para os profissionais que estão na linha da frente no tratamento de pessoas falecidas por várias causas. Fernando Cossa é um desses profissionais que depois de vestir-se do referido material acabado de chegar deu seu depoimento ao Jornal “O País” tendo dito o seguinte “ sim durante o trabalho vai-me proteger, assim quando entrar e usar este equipamento vai-me beneficiar”. Era uma imagem de um astronauta que Fernando Cossa apresentava, mas o acento tónico está na necessidade de proteger a aquela classe de profissionais.

Mesmo sem receber ainda corpos vítimas da COVID-19 há necessidade de reforçar as medidas de biossegurança para o pessoal que trabalha na morgue. Disse a Directora do serviço de anatomia patológica do Hospital Central de Maputo, Carla Carrilho. “No contexto actual embora os óbitos não tenham ocorrido em grande número, com os óbitos irão lidar provavelmente com pacientes que poderão falecer por covid-19 também, todo cuidado é pouco. Os profissionais que estão na linha da frente que cuidam dos vivos, estes também estão na linha da frente porque cuidam das pessoas que nós queremos muito e que faleceram, por isso que a questão de biossegurança é extremamente importante, não só para eles como profissionais de saúde, mas também eles próprios têm suas famílias nas suas próprias casas e precisam de protegê-los”. Disse a professora Carla Carrilho que igualmente agradeceu aos apoios chegados ao sector que dirige.

O Director do hospital Central de Maputo Mouzinho Saide recebeu das mãos do Director Geral da Lin limpezas máscaras, luvas, desinfectantes, tocas e macacões. Lineu Candieiro disse ao “O País” que os apoios daquela natureza vão chegar às outras unidades sanitárias do país. “Continuamos de alguma forma a apoiar o Hospital Central e queremos também passar para os outros hospitais do país visto que a Lin Limpezas neste preciso momento está praticamente em doze Distritos e praticamente em todas as províncias do país. Vamos juntos trabalharmos para apoiarmos a quem neste momento precisa mais do que todos nós”.

A prevenção continua a ser a melhor arma de combate contra o novo coronavírus.