Destaque Pelo menos 28 mortos após explosão de mina no Afeganistão

Pelo menos 28 mortos após explosão de mina no Afeganistão

Pelo menos 28 pessoas morreram e outras 10 ficaram feridas após a explosão de uma mina que foi activada pela passagem de um autocarro numa estrada nacional na província de Farah, no oeste do Afeganistão.

A explosão ocorreu por volta das 06:00, quando o autocarro “cheio de passageiros” accionou a mina ao passar num trecho da estrada que liga as províncias de Herat (oeste) e Kandahar (sul), disse o porta-voz da polícia de Farah, Muhibullah Muhib, à agência de notícias espanhola EFE.

“De acordo com a informação inicial, 28 passageiros morreram, a maioria mulheres e crianças”, além de 10 feridos, disse o porta-voz, acrescentando que o número de vítimas pode aumentar, já que ainda não receberam informações de algumas das vítimas que foram transportadas para centros médicos na província vizinha de Herat.

O número de vítimas civis em quase duas décadas de conflito no Afeganistão continua extremamente alto, com 1.366 mortos e 2.446 feridos somente no primeiro semestre de 2019, informou na terça-feira a Missão da ONU no Afeganistão (UNAMA) no seu mais recente relatório.

Segundo a UNAMA, o objectivo de “zero vítimas”, acordado este mês em Doha, durante as negociações entre os representantes dos Estados Unidos, a sociedade afegã e os talibãs, ainda está longe de ser alcançado.

Dos mortos em 2019, o maior número, 717, deveu-se a acções das forças afegãs e internacionais e 531 a grupos extremistas como os talibãs e o Estado Islâmico, uma situação sem precedentes desde que esses dados começaram a ser colectados em 2009.

Entre os motivos para a diminuição do número de vítimas pelas acções insurgentes está a redução no uso de engenhos explosivos, que ainda representam 28% do total, com 206 mortos e 859 feridos, segundo o relatório.

Após quase duas décadas de conflito, o Afeganistão está num estágio de optimismo devido ao progresso das negociações entre os representantes dos Estados Unidos e os talibãs, que insistem na necessidade dos norte-americanos retirarem as suas tropas o mais rápido possível do país para que o diálogo de paz atinja uma nova fase.

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