Pelo menos sete pessoas morreram, de Janeiro a esta parte, vítimas do conflito homem/animal no distrito do Zumbo, província de Tete.
O administrador de Zumbo, John Manhoso, explica que uma pessoa sofreu ataque de hipopótamo e as restantes de crocodilos. Os ataques ocorreram ao longo das margens do rio Zambeze, que banha o distrito do Zumbo, onde os crocodilos também deixaram sete feridos.
Segundo a AIM, os animais bravios, como hienas e leões, devoraram igualmente nove bovinos e 42 caprinos em Zumbo, disse Manhoso.
“Registamos também sete embarcações que foram danificadas por hipopótamos. Para dizer que a situação é crítica no nosso distrito. Como medida de prevenção, para evitar mais mortes de pessoas e animais temos estado a afugentar ou a abater os animais bravios problemáticos”, explicou.
O administrador, que não foi capaz de precisar o número de mortes ocorridas no primeiro semestre do ano passado, disse, porém, que os animais bravios destruíram várias culturas nas machambas de camponeses no presente ano.
“Estamos a falar de 155 machambas já contabilizadas. As culturas foram destruídas por hipopótamos”, afirmou Manhoso, para de seguida acrescentar que “estamos a sensibilizar a população para não frequentar os locais que constituem o habitat destes animais, porque são sítios conhecidos e sinalizados”.
O mesmo sucede com os pescadores, que também foram advertidos para evitar locais onde abundam hipopótamos, porque correm o risco de ver as suas embarcações destruídas, algo que poderá traduzir-se na perda de vidas humanas.
“Nas zonas de reprodução do peixe há sempre disputa entre o Homem e os crocodilos. Por isso, continuamos a sensibilizar para que as pessoas tenham muito cuidado”, disse o administrador.
Na província de Tete, os conflitos homem/fauna bravia ocorrem com maior frequência nos distritos de Zumbo, Mutarara, Moatize, Marávia, Magoé, Chifunde e cidade de Tete, capital provincial.
Jornal Notícias