Sociedade Manica: Detido indivíduo que tentou raptar uma menor para extrair o coração

Manica: Detido indivíduo que tentou raptar uma menor para extrair o coração

A Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve um indivíduo acusado de ter tentado raptar uma menor de cinco anos de idade, para extrair coração para fins supersticiosos.

Segundo noticia a Agência de Informação de Moçambique (AIM), a detenção ocorreu, no distrito de Sussundenga, em Manica.

O indiciado, de 23 anos contou que foi instruído por um curandeiro para procurar uma criança para tratamento tradicional com objectivo de ser rico. E, na madrugada do dia 2 de Maio corrente, dirigiu-se a uma residência onde tentou sequestrar uma menor que estava a dormir com sua avó, tentativa que foi frustrada.

“Fui ao curandeiro para tratar do meu problema. Ele disse que eu devia encontrar uma criança e tirar o coração para fazer tratamento. Quando cheguei a uma casa onde tentei levar a menor que estava a dormir com a avó, os familiares se aperceberam e me coloquei em fuga. Mais tarde fui neutralizado por populares”, explicou à AIM.

“Era tentativa de obter riqueza. O curandeiro é que me mandou, estou arrependido. Ele disse, caso consiga, podia tratar-me e mudar minha vida. Por isso, procurei a criança. Fui para aquela casa para ver ser levava um menor. Não consegui, porque fui descoberto e agredido pelos donos da casa e vizinhos”, acrescentou.

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O porta-voz da PRM, em Manica, Mateus Mindu, disse que a detenção do indivíduo foi feita por populares que, apercebendo-se da presença do raptor que tentou levar a menor que se encontrava a dormir com avó, tratou de mobilizar vizinhos para sua captura.

Segundo Mindu, depois de neutralizar o suposto raptor, a população informou a polícia e, neste momento, foi lavrado um processo-crime para sua responsabilização.

Por outro lado, apelou a população para continuar vigilante e denunciar qualquer acção maléfica nas comunidades, sobretudo contra crianças que são principais vítimas para obtenção de órgãos usados para práticas supersticiosas.

Folha de Maputo