A Polícia da República de Moçambique (PRM) desmantelou, ontem, um suposto cativeiro com quarenta e uma pessoas, no bairro de Bunhiça, no Município da Matola, província de Maputo.
As pessoas, que eram mantidas em cativeiro, são moçambicanos que trabalham em algumas farmas na terra do rand, que procuravam legalizar a sua documentação para posteriormente voltarem para a África do Sul.
Estes cidadãos encontravam-se na Matola, sob responsabilidade de um indivíduo, alegadamente mandatado pelos proprietários das empresas onde trabalham, com a promessa de facilitação de documentos que lhes conferem trabalhar legalmente naquele país vizinho.
O suspeito de tráfico de pessoas, que se encontra a contas com a PRM, disse que o seu trabalho era de transportar os cidadãos para Moçambique, onde, por sua vez, legalizariam a sua situação na África do Sul.
Uma das supostas vítimas disse que estavam naquela residência há quatro dias e explicou como foram parar no cativeiro.
“Saímos da África do Sul para aqui para tratar passaporte. Na África do Sul ainda não saiu passaporte de trabalho. Eu tenho passaporte de viagem, querem passaporte de trabalho, lá só me deram papel”, disse.
O porta-voz da PRM no Comando Provincial de Maputo, Fernando Manhiça, realçou o impacto da ligação Polícia/comunidade na denúncia de casos criminais, a avaliar pelo desmantelamento do cativeiro, ora descoberto.
Jornal Notícias