O grupo que atacou e ocupou a vila de Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado, tem por base o fundamentalismo islâmico e se insurgiu contra a polícia com ataques em nome de Allah, disseram à VOA nesta sexta-feira (06), várias fontes bem colocadas, residentes e jornalistas no local.
Constituído na maioria por jovens moçambicanos, localmente conhecidos por “alisunas” e que se expressam em português, árabe e quimuâni a língua local, o grupo radicalizou-se há três anos, a maioria deles fora do país, após supostamente aprender o fundamentalismo islâmico no estrangeiro.
Um atacante, capturado pela Polícia da República de Moçambique (PRM), evocava em árabe que “Allah é grande”, sustentando que a sua participação na insurgência vai garantir um “destino maior” após a morte.
Os atacantes, que a imprensa moçambicana atribui serem uma ramificação dos radicais islâmicos da Al-Shabab, embora a polícia não assuma a ligação do grupo aos extremistas, receberam três francos atiradores, de origens somali e queniana, que comandam as operações, confidenciou uma outra fonte que pediu o anonimato.
VOA