Destaque Funcionários do INATTER expulsos por falsificar exames

Funcionários do INATTER expulsos por falsificar exames

Oito funcionários do Instituto Nacional dos Transportes Terrestres (INATTER) foram expulsos da Função Pública por se ter provado o seu envolvimento na falsificação de exames teóricos de condução nas províncias de Nampula, cidade e província de Maputo.

De acordo com um comunicado desta instituição do Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC) enviado à nossa Redacção, o esquema consistia na realização de exames por terceiros em substituição dos candidatos a condutor, mediante o pagamento de valores monetários aos examinadores escalados na sala de exames.

A medida surge após uma auditoria interna ao Sistema de Exames Multimédia realizada pela instituição ter constatado a existência de 1.136 exames de condução teóricos realizados de forma fraudulenta nas repartições de especialidade da cidade e províncias de Maputo e Nampula”, lê-se no documento.

A investigação levada a cabo pelo INATTER permitiu constatar que os esquemas de exames fraudulentos envolvem funcionários da instituição escalados na sala de exames, candidatos a condutor, instrutores de condução, técnicos administrativos de escolas de condução e alguns intermediários.

Assim, os 1.136 exames detectados como fraudulentos foram anulados com perda de taxas pagas pelos candidatos envolvidos, podendo ser submetidos a novas provas decorrido um ano a contar da data de anulação das provas, nos termos das disposições conjugadas do artigo número  5 do artigo 11 e 12 do Regulamento de Exames de Condução, aprovado pelo Diploma Ministerial número 127/2007, de 26 de Setembro.

Porque os exames fraudulentos envolvem actos de corrupção, foram extraídas cópias dos relatórios de auditorias realizadas nas três repartições de especialidades e remetidas aos órgãos competentes a nível local para os devidos efeitos”, acrescenta.

O Instituto Nacional dos Transportes Terrestres reitera a sua prontidão e intolerância à corrupção, exortando aos candidatos a condutores, instrutores e demais envolvidos no processo de formação dos condutores para evitarem práticas ilícitas na certificação de condutores, dada a gravidade das consequências destes actos para a segurança na via pública e para os próprios envolvidos.

Jornal Notícias