Assustado com a possibilidade de ser preso no âmbito da operação Lava Jato, como admite nas escutas telefónicas publicadas na semana passada, o ex-presidente Lula da Silva terá engendrado um plano para fugir do Brasil e pedir asilo político noutro país.
A informação foi avançada pela revista ‘Veja’, que afirma que o país escolhido pelo antigo governante é a Itália.
A Embaixada da Itália no Brasil desmentiu qualquer negociação nesse sentido, mas a revista garante já terem ocorrido vários contactos entre emissários de Lula e o embaixador daquele país, Raffaele Trombetta.
O plano terá sido decidido numa reunião entre Lula e um grupo de juristas e advogados no dia 6, dois dias após o ex-presidente ter sido levado à força de casa para depor por ordem do juiz Sérgio Moro, chefe da investigação Lava Jato, que apura os desvios na Petrobras.
No dia 10, após promotores de São Paulo pedirem, mesmo sem sucesso, a prisão de Lula noutro processo, a necessidade de criação de uma rota de fuga tomou foros de urgência, e quatro países – Cuba, Venezuela, França e Itália – foram sondados. Lula terá escolhido a Itália porque a sua mulher, Marisa Letícia, tem dupla nacionalidade.
Ainda segundo a ‘Veja’, em caso de ser emitido um mandado de captura contra Lula, o ex-presidente fugiria imediatamente para a representação diplomática.
Depois, os seus aliados negociariam com o Congresso um salvo-conduto para ele poder ir até ao aeroporto e deixar o Brasil sem ser preso.
Correio da Manhã