A Renamo acusou nesta segunda-feira, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) do governo de tentar assassinar o líder da perdiz, Afonso Dlhakama por uma emboscada sem sucesso, protagonizada na semana finda, na província de Sofala.
Falando à imprensa, o chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiane, explicou que em princípio houve um ataque protagonizado pelas FDS ocorrido no dia 16 do mês em curso, nas regiões entre Gaza e Inhambane. Entretanto, sem avançar se houve ou não vítimas e muito menos sobre os tipos de instrumentos bélicos utilizados, a perdiz acusa o governo de violar o acordo sobre a cessação das hostilidades militares.
Quanto à emboscada, Macuiane disse “nós, recebemos a informação que realmente houve e este assunto foi discutido na mesa de diálogo e nossos peritos militares reiteraram que havia sido criado uma embocada, mas depois de se aperceber que o presidente Afonso Dlhakama estava em Naca, província de Nampula desistiram. As forças de Mucodza, Santungira, Sofala tinham sido movimentadas por ordens superiores”.
Por sua vez o chefe da delegação do governo, José Pacheco, desmentiu a acusação da Renamo, considerando a alegação como uma desinformação, calúnia e difamação.
“Não faz sentido nenhum que nós não saibamos o paradeiro de Afonso Dlhakama, porque desde que ele saiu de Gorongosa para assinar o acordo de cessação das hostilidades militares, está a ser protegido e guarnecido pelas FDS”, disse Pacheco explicando que todas as movimentações do líder da Renamo são feitas mediante uma escolta do governo.
Num outro desenvolvimento, Pacheco referiu que uma emboscada é realizada para um inimigo, pois para este Dlhakama não constitui nenhum inimigo do governo e seria impossível que uma força que o guarnece voltasse a realizar uma emboscada contra a mesma pessoa.