Desporto Moçambique fora do Mundial

Moçambique fora do Mundial

“Mesmo sem vencer, Moçambique teve boa prestação” afirmam adeptos do basquetebol, face a estreia da selecção no Mundial da Turquia.

Basquetebol em feminino acreditam que a primeira prestação da selecção no mundial pode ter criado expectativa e, cultivar ar de esperança para as próximas competições do género. Apesar de não ter conseguido nenhuma vitória no campeonato, a que reconhecer a atitude, a coragem e sobre tudo a determinação, que elas exibiram na Turquia.

Não foi fácil estar na competição, como se não bastasse pela primeira vez fora do seu país, diante do seu público, incluindo até uma estadia naquele país asiático onde, as regras quer tradicionais, culturais ou religiosas são completamente diferentes.

Um ar de esperança “vibra” na selecção, foram três jogos em que as expectativas eram poucas, assim sendo, foram poucas mesmo, pois, a selecção não conseguiu vencer nenhuma partida, o que ditou última posição na fase de grupos e, tendo ficado por terra.

Arone Magul amante de desporto e adepto do Maxaquene afirmou ao MMO que “a nossa selecção esta com caminho meio andado, pois não foi fácil jogar com selecções que já tem longas andanças nestas arenas”. Tendo acrescentado que, “uma coisa é estar e a outra é saber estar, sendo esta última característica que esteve a par das meninas”.

Acredita-se que a prestação exibida na Turquia foi uma das melhores, apesar de terem averbado derrotas em todos os jogos. Numa outra vertente perder não significa deixar tudo para trás, muito menos “sinónimo de não saber jogar”, mas sim uma luta contínua.

Em entrevista cedida ao canal desportivo da Rádio Moçambique, Nazir Salé técnico da selecção Nacional de Basquetebol teceu elogios face a exibição de Moçambique, “de certeza que estávamos num campeonato que não é nosso, numa competição que abundam grandes selecções, por isso, temos que reconhecer o talento das nossas «meninas». Elas fizeram tudo para nos dignificar, pena porque não conseguiram vencer nenhum jogo, mas ainda há esperanças para tal”.

Salé acredita que a sua comitiva teve experiência para pensar nos próximos episódios, quer em campeonatos mundiais ou de outras categorias. Com a maturidade que se viu, tomara que sirva para outras gerações que vão compor este elenco, pois esta é uma experiência que deve ser transmitida.

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Salé afirmou que o jogo mais difícil foi contra a selecção francesa, no qual Moçambique perdeu por uma diferença de cerca de quarenta pontos (40), “a França entrou destruidora e, não nos deu tempo para reagir, a medida em que o jogo ia-se intensificando tentávamos dar volta sem sucesso, criamos oportunidades e sempre falou mais alto a turma francesa”.

Deolinda Ngulela capitã da selecção falando em directo para RM, avançou que a Selecção soube estar e, que realmente dignificou o país. Para ela jogar pela primeira vez no campeonato do mundo com grandes selecções é um sonho de todos que ainda não tiveram oportunidade.

A capitã aproveitou a ocasião para afirmar que estar no campeonato do mundo é um sonho que esteve em sua mente desde que se apaixonou pela modalidade. O que não acreditava era um dia chegar lá. Por outro lado, referiu que o sonho deixou de ser expectativa virou realidade.

“Foi mais uma aula para as nossas “meninas”, depois de conquistar a segunda posição no campeonato africano, em que fomos anfitriões, esperávamos um pouco mais, a sorte não esteve connosco, mas acreditamos que ganhamos experiência e maturidade para as próximas oportunidades” afiançou Jaime Mendes fã da selecção Nacional e do Clube Desportivo de Maputo.

Sendo pela primeira vez que a Selecção Nacional de Basquetebol em Feminino participa nesta modalidade, lhe foi transmitido atitude, dignidade, sem portanto exigir vitórias porque ainda é cedo para que isso se concretize.

Capitã da Selecção despe-se

Deolinda

A capitã da Selecção Nacional de Basquetebol em feminino, Deolinda Ngulela depois do jogo frente a Turquia, despediu-se da selecção nacional da modalidade e avançou que poderá não participar mais.

Ngulela vincou que foi um sonho chegar ao nível em que chegou junto das companheiras e, toda delegação que sempre lutou para marcar a sua presença neste mundial. Não foi fácil, mas chegamos e demonstramos que somos capazes de ir para longe.