A Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários (Fematro) vai reunir-se, esta semana, em Maputo, para definir a sua posição em face das emboscadas no centro do país. “Vamos reunir principalmente os transportadores interprovinciais, que usam o troço mais problemático, para definir a nossa posição em relação à situação militar naquela região, porque os nossos apelos à cessação dos ataques ainda não produziram resultados”, disse o presidente da Fematro, Castigo Nhamane, em declarações à Lusa.
Segundo Nhamane, a organização não descarta a hipótese de suspender a actividade no centro do país, por causa da tensão política que se agudizou nos últimos dias.
Na terça-feira, automobilistas e passageiros recusaram-se a integrar colunas do exército, no troço entre rio Save e Muxúnguè, Sofala, centro de Moçambique, exigindo o seu cancelamento, por estarem a “atiçar a instabilidade e o conflito”.
“O Exército escolta-nos, mas há ataques constantes no troço. Estes ataques visam militares. Então, que nos deixem fazer sozinhos o percurso como antes”, disse um transportador de carga, que se referiu à existência de muitos carros parados, cujos proprietários “recusam-se a integrar a coluna no Save”.