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Directora do Hospital Psiquiátrico diz que ser indigente não é ser doente mental

A directora do Hospital Psiquiátrico de Infulene, Serena Chachuaio, defende que ser indigente não significa ser doente mental. Há quatro anos o Conselho Municipal de Maputo, em coordenação com a Polícia, encetou uma campanha de recolha de indigentes nas ruas da cidade de Maputo para o Hospital Psiquiátrico de Infulene.

“Os indigentes recolhidos nas ruas em 2010, uma parte deles até hoje está aqui. Nem todos os indivíduos que estão na rua são doentes mentais. Só um terço daquele universo é que tinha perturbações mentais. Foram tratados e uma parte foi devidamente encaminhada à família”, disse Chachuaio, em conversa com o Canalmoz.

Segundo a directora do Hospital Psiquiátrico de Infulene, outros eram consumidores de substâncias como consequência de problemas sociais.

“Isso não tem nada a ver com doença mental. Então aquele programa mais uma vez provou que estar na rua não é igual a doença mental. A maior parte dos que ficaram aqui ninguém mais se responsabilizou, estão neste contingente dos 49 que vivem aqui”, disse.

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A directora acrescentou que depois de alguns anos, parte deles melhorou mas não tinha tecto, então passou a tomar banho, a alimentar-se.

“As actividades que aqui nós temos são viradas a indivíduos com problemas temporários. Claro que eles começaram a ver que é melhor voltar para rua, e voltaram. Estão nos mesmos sítios”, disse sublinhando que o programa entrou em falência.