Quelimane, município sob gestão do MDM desde 2011, foi um dos principais palcos de violência na noite eleitoral. A Força de Intervenção Rápida (FIR) lançou granadas de gás lacrimogéneo, disparou balas reais e de borracha, tudo contra os munícipes que se concentravam próximo das assembleias de voto alegadamente para “fiscalizarem a contagem dos votos”.
O jornal @ Verdade escreve ao longo da noite eleitoral que houve confirmação de três munícipes assassinados pela FIR.
“Numa altura em que se vai conhecendo os resultados parciais destas eleições em vários municípios, chega-nos a confirmação da morte de três munícipes de Quelimane, assassinados pelas Forças de Intervenção Rápida. Duas das vítimas eram jovens e a terceira vítima é uma criança. Verificamos ainda a existência de 18 munícipes feridos no Hospital Provincial de Quelimane”, publicou o jornal na página.
FIR retirou urnas da EPC de Incídua
Durante o pico de violência em Quelimane, a Força de Intervenção Rápida (FIR) introduziu-se na EPC de Incídua, onde decorria a contagem de votos das seis mesas ali instaladas, retirou as urnas e levou nas suas viaturas para lugar incerto. Deixou no local os membros das mesas de voto e os observadores. Pouco tempo depois as urnas foram trazidas.
A população residente nos arredores da escola montava barricadas, impedindo a passagem de qualquer cidadão envolvido no processo eleitoral, seja jornalista, observador. Os Membros das Mesas de Voto (MMV) estavam a contar os votos, quando a situação tornou-se insustentável para o processo continuar. As urnas saíram nos jeeps da FIR e não se soube aonde foram, mas depois foram trazidas, cerca de uma hora depois e a contagem dos resultados prosseguiu.