Economia Escrita e leitura vão custar mais de 210 milhões de meticais

Escrita e leitura vão custar mais de 210 milhões de meticais

O facto foi dado a conhecer há dias à nossa Reportagem pela directora do Programa de Educação na IBIS, Elisa Langa, que acrescentou que a iniciativa vai beneficiar a um total de 38.460 alunos no período de 2012 a 2016.

No ano passado, o primeiro grupo de mil professores foi capacitado na matéria para elevar as competências de escrita e leitura nas classes iniciais do ensino básico. Segundo ainda Elisa Langa, durante a capacitação apostou-se igualmente na produção de materiais didácticos com recursos locais e foram ministrados as metodologias participativas que visaram conferir maior informação e habilidades para os docentes, com vista a favorecer para a obtenção de bons resultados.

Elisa Langa afirmou que as competências específicas de escrita e leitura no ensino básico representam um grande desafio para a melhoria da qualidade de ensino, por isso aquela organização não-governamental com o apoio de especialistas do sector e os resultados decorrentes das capacitações são replicados de forma a abranger um maior número de professores.

O programa de capacitação dos docentes foi orientado para os distritos de Alto Molócuè, Ile, Quelimane e Maganja da Costa onde a IBIS fazia o treinamento directo, mas a partir deste ano a filosofia mudou contando com o apoio dos institutos de formação de professores.

No contexto da componente de capacitação está a ser implementado nos distritos atrás indicados um programa com abordagem holística denominado “Escola Feliz”, no qual alunos e docentes aprendem mas também as comunidades locais tiram maior proveito não só em alfabetização, como também na saúde e nutrição. A título de exemplo, Elisa Langa indicou que a melhoria do ambiente físico dos estabelecimentos de ensino, programas de nutrição que ensina as mulheres a preparar sopas ricas para as crianças, compotas a partir de frutas, produção de açúcar a partir da cana sacarina, conserva de tomate e divulgação de direitos da criança com o envolvimento dos núcleos locais do parlamento infantil.

“As comunidades têm muitas leguminosas e frutas mas pouco proveito estavam a tirar, dai que envolvemos as comunidades para usarem os recursos disponíveis para melhorar a dieta”, disse Elisa Lancha para quem estes incentivos levam as comunidades a respeitar e valorizar a escola.

Entretanto, a IBIS vai lançar em Outubro próximo um novo programa de promoção da cidadania, mudança e educação cívica e politica denominado por PROCIMU. Segundo Langa, o programa, que se insere na área de governação, pretende mobilizar os cidadãos para uma participação consciente na vida política e tomada de decisão. O mesmo irá trabalhar com as organizações da sociedade civil, conselhos consultivos distritais, assembleias municipais e provinciais.

Segundo ainda a nossa entrevistada, há muita falta de conhecimento de vários grupos sociais sobre como é que se desencadeiam os processos de tomada de decisão, dai que a aposta será conferir aos diferentes actores sociais e políticos a informação necessária para ampliar a sua participação política.

O programa será implementado num horizonte temporal de cinco anos e neste momento decorre um trabalho de mapeamento das organizações da sociedade civil. Em princípio, foram já identificados sete parceiros nas comunidades de Quelimane, Mocuba e Alto Molócuè onde será implementado o referido programa.

Este programa de cidadania, que será executado no período 2013/2017, está avaliado em sete milhões de euros.

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