Dos recambiados, número saliente vai para 22 portugueses, seguido de seis nigerianos, igual número de paquistaneses, quatro bengalis e dois camaroneses que desembarcaram de voos da Transportadora Aérea Portuguesa (TAP) e Kenyan Airlines, provenientes de Lisboa e Nairobi, capitais portuguesa e queniana, respectivamente.
Segundo o porta-voz da Polícia no Comando da Cidade de Maputo, Orlando Mudumane, grande parte dos imigrantes vêm ao país à procura de oportunidades de negócios e emprego, mas uma vez que não apresentam o vínculo contratual ou não sabem para que instituições vão trabalhar, acabam sendo recambiados. “Eles, regra geral, não conseguem clarificar as razões porque vêm ao país, o local de hospedagem e muito menos os meios de subsistência durante a sua permanência.
Outros ainda foram mandados de volta por possuir vistos falsos”, disse Mudumane. A tentativa de entrada de pessoas de forma clandestina ao nosso país é uma situação que de há algum tempo a esta parte tem estado a preocupar as autoridades nacionais devido à frequência com que os casos acontecem e porque o fenómeno tende a crescer a cada dia que passa. A título de exemplo, perto de 5618 indivíduos foram reembarcados em 2012, contra 4993 repatriados no ano anterior.
A identificação das anomalias nos vistos de entrada ou falta de comprovativos para a permanência no território nacional e consequente devolução de estrangeiros para os países de proveniência resulta da intensificação do trabalho de fiscalização levado a cabo pelas autoridades de migração nos diversos postos fronteiriços nacionais.
Os vistos de entrada para a República de Moçambique são obtidos no Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, nas missões diplomáticas e consulares do país no estrangeiro, nos Serviços de Migração e postos fronteiriços autorizados para o efeito.
Orlando Mudumane acrescentou que os indivíduos de nacionalidade paquistanesa, tailandesa, chinesa, bengali, e agora portuguesa, são os que mais procuram entrar para o território nacional sem reunir os requisitos exigidos por lei.