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Na verdade, trata-se de um problema antigo. Leonor Armando, uma das operadoras da praça, explicou ao nosso jornal que desenvolve a actividade de transporte internacional desde 1994, muito antes de se construir a praça da baixa.
Quando a edilidade decidiu construir aquela infra-estrutura, foi acordado que todos os operadores que faziam transporte internacional deviam passar a trabalhar dentro da praça. Porém, de há um tempo para cá, o cenário mudou. Apareceu um grupo de pessoas que luta a todo o custo para inviabilizar o trabalho dos outros, e, desta vez, essa associação chama-se Mosata.
Este grupo de transportadores que formam a Mosata alega que os membros das três outras associações não podem operar em determinadas rotas para África do Sul, nomeadamente, Joanesburgo, Rustenberg e Durban, alegadamente porque não possuem nenhuma parceria com as associações locais daqueles pontos.
É que, no âmbito dos acordos bilaterais, no quadro da implementação do protocolo da SADC, Moçambique e África do Sul, representados pelos respectivos ministérios dos transportes, assinaram um acordo que rege esta actividade entre os dois países.
Esse acordo exige, dentre outras obrigações, a constituição de parcerias entre associações de transportadores nacionais e as daquele país, para permitir que estes, quando lá chegam, sejam apadrinhados pelo parceiro, para, por via disso, conseguirem carregar noutras praças internacionais.