Cerca de 1 200 famílias de cinco bairros do Município da Matola são abrangidas pelo traçado da estrada circular Maputo – Matola, facto que vai impor a sua transferência ou de seus bens das zonas que actualmente ocupam.
Os dados foram tornados públicos à margem da reunião popular realizada no bairro da Matola-Gare, na qual, as populações locais foram informadas sobre a base dos critérios de compensação aprovados no âmbito da obra.
As comunidades abrangidas manifestaram-se preocupadas com os critérios adoptados para o cálculo dos valores das compensações, bem como a necessidade duma maior divulgação da obra nos bairros.
Devido a dificuldades de comunicação, populares abrangidos pelo projecto manifestaram-se, recentemente, impedindo o curso normal das obras. Aliás, os técnicos chineses foram forçados a abandonar a obra por largas horas, uma vez que a população reclamava explicações detalhadas sobre as compensações relativas aos seus bens e infra-estruturas.
O presidente do Município da Matola, Arão Nhancale, informou, na ocasião, que nenhuma família será retirada do espaço que ocupa sem a devida compensação relativa aos bens e infra-estruturas que possui, porque a transferência das famílias está prevista no projecto.
“Ninguém será forçado a sair do lugar que ocupa sem consenso. o que queremos é colaboração por parte dos residentes de todos os bairros. Queremos que colaborem com o Conselho Municipal e todos os técnicos da empresa que está a construir a estrada. Este projecto veio para desenvolver a nossa zona e não prejudicar ninguém”, disse Nhancale.
A “circular” Maputo-Matola atravessa cinco bairros do município da Matola, nomeadamente Intaka, Muhalaze, Mwamatibjana, Nkobe e Matola-Gare.