O mamífero, que tinha quase dez metros de comprimento e dois de largura, foi visto já morto e a ser arrastado por volta das 14.00 horas de quarta-feira, tendo permanecido até a manhã de ontem, quando foi novamente arrastado pelas águas do Incomáti até desaparecer.
O aparecimento do animal despertou a atenção dos moradores das cercanias que acorreram em massa ao local para confirmar a informação que circulava, com especulações à volta da sua proveniência.
A notícia espalhou-se rapidamente de tal forma que, em pouco tempo, dezenas de pessoas se deslocaram ao local munidas de catanas e outros instrumentos cortantes para conseguir um pedaço da carne do animal, criando agitação no local.
A situação ocorreu numa altura em que as autoridades administrativas do distrito acompanhavam a comitiva da governadora da província de Maputo, Maria Elias Jonas, que naquele dia trabalhava no posto Aadministrativo de Mahubo, a 45 quilómetros da vila-sede de Marracuene.
“Muitas pessoas levaram para casa quantidades de carne daquele mamífero, que apresentava sinais de deterioração”, disse a administradora do distrito, Maria Vicente.
A administradora de Marracuene afirmou que a situação permaneceu descontrolada até por volta das 20.00 horas quando foi montado um cordão de segurança para evitar que as pessoas continuassem a retalhar o animal.
Como não fosse possível inspeccionar a carne naquela noite, foram criadas brigadas a nível dos bairros, para reportar possíveis casos de problemas de saúde.
“Também alertamos às autoridades da Saúde do distrito para comunicarem situações de paciente com sintomas estranhos, pois podem estar relacionados com o consumo daquela carne para efeitos de avaliação”, disse Maria Vicente, acrescentando que outra medida tomada é a inspecção dos mercados para evitar que a carne seja comercializada por não se saber se é ou não própria para o consumo.