Os médicos internos do Hospital Central de Maputo (HCM), a mais importante unidade de saúde em Moçambique, anunciaram que irão parar de trabalhar horas extraordinárias a partir de 1 de Junho, devido à falta de pagamento que se arrasta por mais de 13 meses.
Num comunicado dirigido ao Director Geral do HCM, os profissionais de saúde informaram que também interromperão o trabalho fora do horário normal (após as 15h30), bem como durante feriados e fins de semana, até que as dívidas sejam saldadas.
Os médicos afirmam que, após múltiplas reuniões, “o governo continua a dever pagamentos referentes a 2024, por horas extraordinárias trabalhadas de Janeiro a Abril, bem como em Agosto e Dezembro, além de todo o ano de 2025.”
A nota sublinha que a situação “tem causado um grande desgaste físico, emocional e financeiro, devido aos custos de deslocação para realizar estas actividades, afectando directamente a qualidade de vida dos médicos internos e dos seus dependentes.”
Os internos consideram que as atitudes do HCM representam um retrocesso em relação aos acordos firmados em reuniões anteriores, onde foi solicitado que dessem um voto de confiança à instituição para resolver as questões relacionadas com os pagamentos de horas extra.
