O Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, manifestou a sua determinação em estabelecer um diálogo construtivo com os profissionais de saúde que se encontram em greve desde quinta-feira.
A greve, que tem uma duração prevista de 30 dias, poderá ser prorrogada caso não sejam alcançados acordos satisfatórios com o Governo.
Durante uma reunião com funcionários públicos na província de Inhambane, Chapo enfatizou que o seu governo está empenhado em encontrar soluções para os problemas que motivaram a paralisação dos serviços de saúde. “O que nós estamos actualmente a fazer é sentar com este grupo para perceber o porquê da insistência [com a greve]”, afirmou o Presidente.
A paralisação foi iniciada devido a uma série de reivindicações que, segundo os profissionais de saúde, não têm sido atendidas por parte do governo, nomeadamente questões relacionadas com salários, condições de trabalho e recursos necessários para o exercício das suas funções.
Anselmo Muchave, presidente da Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), reiterou a gravidade da situação, afirmando que “a greve vai durar 30 dias, prorrogáveis. Os turnos dos finais de semana, noites e feriados não se fazem mais em Moçambique, até que o Governo resolva a situação dos profissionais de saúde”.
Os profissionais de saúde expressaram a sua frustração com a falta de resposta às suas exigências e destacaram a importância da sua luta não apenas para a melhoria das suas condições, mas também para a qualidade do atendimento à população moçambicana.