O Hospital Central de Maputo (HCM) deu início a uma significativa campanha de cirurgias que visa beneficiar aproximadamente 200 pacientes.
Esta iniciativa surge no âmbito de um esforço mais abrangente para atender às necessidades de um total de 1.500 pessoas que se encontram na lista de espera há mais de seis meses.
Nesta fase inicial, foram seleccionados 200 pacientes provenientes de diversas áreas, incluindo cirurgia geral, oftalmologia, otorrinolaringologia, maxilofacial, cirurgia plástica, ortopedia e ginecologia. A escolha recaiu sobre aqueles que apresentam condições graves, que exigem intervenção cirúrgica urgente.
Durante uma conferência de imprensa realizada na segunda-feira, o director clínico do HCM sublinhou que a prioridade está a ser dada às patologias que colocam a vida dos pacientes em risco. “Estamos a dar mais atenção às patologias necessárias de serem feitas, por colocarem em risco a vida dos pacientes. Isso não quer dizer que as outras cirurgias não sejam importantes, mas elas podem esperar”, afirmou.
Para facilitar o processo, foram criadas duas salas dedicadas às 200 cirurgias planificadas, enquanto as cirurgias normais continuam a decorrer. O director clínico garantiu que “estas cirurgias da campanha não tirarão espaço às cirurgias electivas”, acrescentando que este é um processo que se pretende manter de forma contínua no tempo.
O responsável destacou ainda que existem pacientes à espera de cirurgia há mais de seis meses. “Imaginem que, nesses últimos três meses, pelos movimentos que tivemos de manifestações, o grande pico foi de doentes com patologia traumática”, concluiu, enfatizando a necessidade urgente de dar resposta a esta situação.
