Cerca de mil e duzentos colaboradores do sector de saúde, pertencentes a diversas organizações não-governamentais norte-americanas, retornaram aos seus postos de trabalho em várias unidades sanitárias da província de Maputo.
Este regresso ocorreu após a revogação da ordem executiva norte-americana que suspendeu a assistência ao desenvolvimento estrangeiro por um período de noventa dias.
A informação foi divulgada pelo director Provincial da Saúde, Daniel Tchemane, durante a primeira sessão ordinária do Conselho Executivo provincial.
Tchemane destacou os desafios enfrentados nas últimas duas semanas devido à suspensão da assistência, que impactou significativamente a capacidade de recolha de dados e a execução de actividades essenciais. “Tínhamos grandes constrangimentos para fazer a recolha de dados na qualidade que nós precisamos para estes programas, visto que dependemos de uma série de digitadores de dados pagos por estas organizações. Foram duas semanas de muitos constrangimentos, durante as quais tivemos que interromper algumas actividades de supervisão”, explicou o director.
Na última quinta-feira, o governo norte-americano tomou a decisão de aprovar uma excepção humanitária de emergência, permitindo a retoma imediata dos serviços de tratamento e prevenção do HIV de mãe para filho.
Esta medida é vista como um passo crucial para garantir a continuidade dos cuidados de saúde a populações vulneráveis e reforçar a luta contra doenças como a tuberculose e o HIV na região.