Os serviços de saúde em Marracuene estão a ser prestados com severas limitações, especialmente após as 15h30, em resultado da paralisação das actividades por parte da maioria dos enfermeiros e outros profissionais de saúde.
Esta greve é motivada pela falta de pagamento do subsídio nocturno desde 2022, uma situação que tem gerado descontentamento na classe.
Ainda que tenha sido criada uma escala de contingência para minimizar os impactos da paralisação, muitos utentes que procuram atendimento após o horário normal enfrentam dificuldades em serem atendidos.
A escassez de profissionais especializados em determinadas patologias e a ausência de gabinetes nas unidades de saúde têm levado os pacientes a recorrer a farmácias em vez de hospitais.
A greve, que iniciou na última semana de Dezembro, tem causado frustração entre os pacientes. O director distrital de saúde, Francelino Devesse, sublinhou que a situação foi particularmente crítica durante o período de paralisação, exacerbada por manifestações pós-eleitorais, que dificultaram o deslocamento de alguns membros das equipas de contingência devido a barricadas nas estradas.
Em resposta a esta crise, as autoridades sanitárias da província têm trabalhado para sensibilizar os profissionais de saúde a retomar as suas actividades, enfatizando a importância do trabalho em prol dos pacientes.
Para garantir a continuidade dos serviços, técnicos temporários têm sido mobilizados e capacitados, com o objectivo de aprimorar a sua compreensão sobre o funcionamento do sistema de saúde e as práticas necessárias ao atendimento.