Destaque Divisões internas e acusações contra Lutero Simango agitam o MDM

Divisões internas e acusações contra Lutero Simango agitam o MDM

Receba vagas no seu WhatsApp

Siga o nosso canal do WhatsApp para receber vagas no status do WhatsApp.

Clique aqui para seguir

Um ambiente de clivagem instalou-se no Movimento Democrático de Moçambique (MDM), na cidade da Beira, onde membros fundadores do partido manifestam descontentamento em relação ao presidente Lutero Simango. 

Os dissidentes acusam Simango de exercer uma gestão autocrática e de transformar o MDM num mero apêndice do partido no poder, a Frelimo, em troca de mandatos na próxima legislatura da Assembleia da República.

O porta-voz da formação política minimizou as tensões, afirmando que é normal que os membros expressem as suas preocupações no âmbito da democracia interna, prometendo que Simango se pronunciará publicamente em breve para esclarecer a situação.

Contudo, as críticas são severas. Elias Impuiri, antigo deputado e um dos membros fundadores do MDM, denunciou que a liderança de Simango tem sido marcada por uma filosofia de “amiguismo”, onde decisões são tomadas em círculos restritos e por via telefónica, ignorando os órgãos sociais do partido. Impuiri sublinha que essa abordagem tem fomentado um clima hostil, levando muitos dirigentes a renunciarem às suas funções ou até a desertarem para outras formações políticas.

“A nossa preocupação é com a saúde do partido. O MDM foi fundado para ser uma alternativa à governação da Frelimo, não para se tornar um departamento do partido no poder,” afirma Impuiri, evidenciando que o descontentamento é generalizado entre os membros da direcção.

Adicionalmente, Impuiri criticou a participação de Lutero Simango em encontros convocados pela Presidência da República com outras forças políticas, sem o consentimento da comissão política do MDM.

Segundo ele, Simango não tem partilhado as deliberações com os quadros do partido, o que agrava ainda mais a situação.