O candidato presidencial independente, Venâncio Mondlane, anunciou a convocação de uma nova fase de manifestações contra os resultados das eleições realizadas a 9 de Outubro.
Este movimento, que já se encontra na sua quarta etapa, terá lugar entre o dia 4 e 11 de Dezembro, envolvendo a população em protestos pacíficos.
Durante uma conferência de imprensa, Mondlane delineou os detalhes da iniciativa, que se desenvolverá diariamente entre as 8 horas e as 15h30.
Os participantes são incentivados a entoar o Hino Nacional e o Hino da África, promovendo um ambiente de unidade e resistência. Além disso, entre as 21 horas e as 22 horas, a ideia é que todos soprem apitos e vuvuzelas, criando um clamor sonoro em apoio à causa.
O candidato apelou ainda à paralisação geral de veículos motorizados, solicitando que os manifestantes se juntem à ideia de “tudo parado”, utilizando cartazes que devem ser afixados na roupa de quem optar por se deslocar a pé.
Mondlane instou à suspensão de todos os voos para e de Moçambique, bem como ao encerramento das portagens da REVIMO, permitindo que as pessoas passem sem custos.
Outras medidas propostas incluem o fechamento das sedes do partido Frelimo, das estruturas da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), além do cancelamento de eventos culturais programados para o fim do ano.
O apelo de Mondlane reflete a crescente insatisfação com os resultados eleitorais e a insistência em que a voz da população seja ouvida. A sua convocação para novas manifestações assinala um momento crucial na política moçambicana, com a expectativa de que a pressão popular leve a um diálogo mais profundo sobre a situação política actual no país.