As unidades sanitárias da província de Maputo enfrentam uma grave escassez de alimentos, colocando em risco a saúde e o bem-estar dos doentes internados.
A situação resulta de actos de vandalismo e pilhagem ocorridos nos armazéns e centros de armazenamento de alimentos que abastecem os hospitais da região.
Daniel Chemane, director provincial da Saúde, revelou a gravidade da situação neste domingo, durante uma reunião do conselho de representação do Estado e da província, realizada na Matola. O encontro teve como objectivo avaliar os danos causados pelas manifestações violentas que têm abalado a província.
Segundo Chemane, a destruição e os saques interromperam o fornecimento regular de alimentos às unidades sanitárias, agravando ainda mais a crise. A preocupação aumenta devido ao crescente número de pacientes internados, muitos dos quais dependem exclusivamente das refeições fornecidas pelos hospitais.
O director provincial apelou ao governo para serem encontradas soluções urgentes que permitam assegurar a alimentação dos doentes, garantindo a continuidade dos cuidados de saúde e mitigando o impacto das manifestações. “É essencial mobilizar alternativas para evitar que a situação se deteriore ainda mais, especialmente considerando o aumento de internamentos devido aos episódios de violência”, frisou Chemane.