As autoridades sul-africanas detiveram mais de 500 mineiros ilegais, conhecidos localmente como “zama zamas” (termo Zulu que significa “aqueles que tentam”), após uma operação concertada que cortou o abastecimento de alimentos e água na mina de Orkney, situada no distrito de Klerksdorp, na província do Noroeste.
De acordo com um comunicado da polícia, cerca de 340 mineiros ilegais foram detidos durante a acção, cujo objectivo foi desmantelar operações clandestinas que proliferam na região, onde a exploração ilegal de minerais é uma prática comum. A pressão das forças de segurança levou muitos deles a abandonar o local, devido a condições de fome e desidratação, resultado do bloqueio das rotas utilizadas para o fornecimento de víveres.
As operações de segurança continuaram ao longo do domingo, com a polícia a alertar que “centenas, se não milhares” de mineiros podem estar a regressar à superfície em busca de ajuda. Shadrack Sibiya, um alto responsável policial, revelou que desde Dezembro de 2023, mais de 13.691 indivíduos suspeitos de actividades ilegais foram detidos em várias províncias do país.
“Confiscámos cerca de cinco milhões de rands (aproximadamente 283.000 dólares) em dinheiro, juntamente com diamantes em bruto avaliados em 32 milhões de rands (cerca de 1,8 milhões de dólares)”, afirmou Sibiya, destacando a magnitude da operação.
A presença de mineiros ilegais na África do Sul, muitos dos quais provenientes de países vizinhos, tem-se intensificado, gerando preocupação entre as comunidades locais e empresas do sector. As suas actividades são frequentemente associadas a um aumento da criminalidade e a um impacto negativo nas operações de mineração legal.
A situação continua a ser acompanhada de perto pelas autoridades, que prometem intensificar as acções para combater a exploração ilegal de recursos minerais no país, que possui uma riqueza substancial em termos de recursos naturais.