A produção dos livros escolares para o próximo ano lectivo poderá ocorrer em Moçambique, segundo o primeiro-ministro, Adriano Maleiane.
Esta medida visa evitar os problemas enfrentados em 2024 e garantir uma melhoria na qualidade da produção de materiais didácticos.
Adriano Maleiane, citado pelo jornal O País, afirmou que o país está a passar por um processo de transição, no qual a produção dos livros deixará de ser realizada no estrangeiro e passará a ser feita localmente.
O primeiro-ministro reconheceu que o atraso registado este ano deveu-se à complexidade desta mudança, uma vez que o processo de transferência de produção não é simples.
No entanto, o governante assegurou que os esforços estão concentrados em melhorar a produção dos livros escolares.
A solução, segundo Maleiane, passa por consolidar a produção interna, o que poderá ocorrer já a partir de 2025. “Já temos capacidade para a produção, já temos impressoras que permitem produzir em larga escala. A razão pela qual recorremos ao exterior não era uma questão de preferência, mas sim porque, até então, não tínhamos a capacidade instalada para produzir a quantidade necessária de livros”, explicou.
Este anúncio surge num momento em que, a apenas um mês do final do ano lectivo, ainda há alunos que não receberam os livros escolares de distribuição gratuita.
O governo reconhece este desafio e está empenhado em evitar a repetição dos problemas para os próximos anos, garantindo que a produção interna poderá ser a chave para assegurar a distribuição atempada e eficiente do material escolar.
A mudança para a produção interna dos livros escolares é vista como uma oportunidade para fortalecer a indústria gráfica do país e reduzir a dependência externa, ao mesmo tempo que se melhora o acesso dos alunos ao material didáctico essencial para o seu sucesso educativo.
