O Hospital Central de Maputo (HCM) desmentiu os rumores que circularam nas redes sociais sobre a morte da jovem Adácia Macuácua, uma das sobreviventes do ataque que vitimou o advogado Elvino Dias e o mandatário do partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Paulo Guambe.
Dino Lopes, director do Banco de Socorros do HCM, assegurou que, desde a sua chegada à unidade hospitalar, Adácia recebeu atendimento de urgência e encontra-se actualmente estável e consciente. “A paciente está fora de perigo e dentro desta semana terá alta”, afirmou Lopes, tranquilizando a todos quanto à condição de saúde da jovem, que estava ocupando o banco de trás do veículo que foi alvo de disparos.
O crime, que chocou a população, ocorreu quando as vítimas foram abordadas por dois veículos Mazda BT50. Testemunhas relataram que aproximadamente 20 tiros foram disparados contra o carro onde se encontravam Dias, Guambe e Macuácua, resultando na morte imediata de Elvino Dias e Paulo Guambe, enquanto Adácia sobreviveu com ferimentos.
As reacções à tragédia não tardaram a surgir. Diversas personalidades e instituições manifestaram a sua indignação, condenando a brutalidade do acto e exigindo que as autoridades competentes responsabilizem os criminosos. A polícia ainda não divulgou informações sobre possíveis suspeitos relacionados com o ataque.
O advogado Elvino Dias era conhecido por ser o defensor de Venâncio Mondlane, candidato presidencial pelo PODEMOS, partido que contesta os resultados das eleições gerais realizadas a 9 de Outubro, onde a Frelimo, partido no poder, foi declarada vencedora. A situação política tensa em Moçambique levanta preocupações sobre o clima de segurança no país, especialmente com o recente aumento de actos violentos.
A comunidade aguarda agora por respostas das autoridades, enquanto a dor pela perda de duas vidas e a luta pela justiça continua a ecoar no seio da sociedade moçambicana.