Os profissionais de saúde decidiram adiar a retoma da greve por um período de 30 dias. Esta decisão foi tomada em virtude de alguns consensos alcançados com o Governo.
A retoma da greve dos profissionais de saúde foi suspensa por um mês. Durante uma conferência de imprensa realizada nesta quarta-feira, a Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique anunciou que a suspensão foi acordada com base em algumas promessas feitas pelo Governo.
Anselmo Muchave, porta-voz da APSUSM, explicou: “Desde o início do diálogo com o Governo, a Associação dos Profissionais de Saúde e Solidários de Moçambique (APSUSM) teve conhecimento documental de que, neste momento, o Governo adquiriu 400 ambulâncias para todo o país, um ganho para os moçambicanos, não só para os profissionais de saúde; houve um aumento na importação de medicamentos e artigos médicos, como luvas, seringas, aventais, máscaras, entre outros. O enquadramento do regime geral está palpável e foi igualmente comprovado o início de conversações com parceiros de cooperação para o apoio ao Orçamento do Estado para o enquadramento geral do pessoal do regime”.
Quanto às exigências relacionadas com subsídios e horas extras, os profissionais de saúde confirmaram que o pagamento foi garantido para 60 mil profissionais, faltando apenas cinco mil.
“Sobre o pagamento de horas extras, já existem garantias. Segundo os documentos apresentados pelo Governo, todas as horas extras serão pagas até o final do mês de abril”, afirmou Muchave.
Além disso, os profissionais de saúde denunciaram a escassez de medicamentos nas unidades sanitárias, um problema que, de acordo com os documentos apresentados à associação, poderá ser resolvido em breve.